sábado, 2 de abril de 2011

Ó minha amada Que olhos os teus São cais noturnos Cheios de adeus São docas mansas Trilhando luzes Que brilham longe Longe dos breus... Ó minha amada Que olhos os teus Quanto mistério Nos olhos teus Quantos saveiros Quantos navios Quantos naufrágios Nos olhos teus... Ó minha amada Que olhos os teus Se Deus houvera Fizera-os Deus Pois não os fizera Quem não soubera Que há muitas era Nos olhos teus. Ah, minha amada De olhos ateus Cria a esperança Nos olhos meus De verem um dia O olhar mendigo Da poesia Nos olhos teus. Vinícius de Moraes


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